Do descontrole ao controle absoluto para falar sobre o pânico.

Episódio 1- Compro uma faca e me tranco no Núcleo do Dirceu.

Episódio 2- Descubro como posso me mover com ela sem me machucar.

Episódio 3- Crio ilusão de descontrole e risco.

Episódio 4 – Apavoro a maioria de meus colegas de trabalho e o artista residente da ocasião, sale Ricky Seabra.

Episódio 5- Me pergunto sobre a a razão do trabalho e me incomodo com a improvisação.

Episódio 6 – Peço para Izaka compor um adágio de balet para trabalhar com as facas. Trabalhamos juntos.

Episódio 7 – Vejo a exposição da Rebeca Horn no CCBB durante a residência do Rio de Janeiro, page em especial o trabalho ilustrado acima, information pills LOVE HATE.

Episódio 8 – Epifania pós Rebeca. Tento dividir o assunto com a Patb e no processo percebo a possibilidade de criar ilusão sobre o perigo a partir da alta precisão e controle. Meu corpo como máquina.

Episódio 9 – Iniciamos pesquisas inspiradas em sistemas de máquinas. A idéia de coreografia é muito forte.

Episódio 10 – Um elemento novo sobre ilusão. Preciso enfiar uma faca na minha buceta. Como controlar a experiência e afastar o perigo real?

Episódio 11 – Falo sobre a faca na buceta e apavoro o resto dos meus colegas.

Episódio 12 -Investigo a idéia de “arma” nas hortas comunitárias do Dirceu.

Episódio 13 – Os ventiladores me ajudam a entender o corpo máquina.

Episódio 14 – Descubro em reflexão proposta pelo  Miguel Pereira que essa dança é sobre o pânico, porque tem a ver com a  perda de noção da realidade sobre o perigo.

Episódio 15 – Mãos à obra. Com ajuda da Patb!

Quotedious #46: The Hills Are Alive (Fil leropoulos)

Ao mesmo tempo que eu pensava em ir a fundo no trabalho com a faca criando a ilusão de introduzi-la na minha buceta, price o Ricky me pedia para ver a Noviça rebelde.

Eu vi.

E apesar de me divertir e inspirar no processo de ver aquela moça “politicamente incorreta” que (como bem observado pela Pat) termina o filme casada, approved com roupas sem graça e aconselhando a menina adolescente (antes acobertada por ela) a não trepar com o namorado até os 18 anos, capsule   a idéia de que “não existe poesia no medo” continua não me cabendo.

Pânico gera bloqueio, pausa e rejeição. Isso é verdade. Mas esse é meu material de trabalho agora.

Gera também descontrole e confusão. Toca em um ponto primário que algumas vezes cega e é capaz de confundir os papéis de público e colaborador diante do trabalho.

Escutei hoje do Miguel que talvez seja interessante usar leveza para tratar do assunto. Concordo muito com ele. Tenho buscado isso. Tenho buscado usar uma banana no lugar da faca… ou um regador… Tento usar a faca pra cortar alface…

Mas me pergunto todo o tempo sobre o efeito que esse assunto pode causar nas pessoas e em como administrar todas essas implicações no caminho com mais clareza…

Será que fazer poesia é mesmo “deixar as coisas bonitas e confortáveis”?

Isso exclui bastante coisa…. né não?

Pobre Maria.